HOMENAGEM À MEMÓRIA DO DOUTOR ISRAEL VIEIRA FERREIRA PELOS 142ANOS DE SEU NASCIMENTO
- Anna Paula Vieira Ferreira Prado Malagrana
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Pela Acadêmica Ana Mary Vieira Ferreira Prado
Exemplo de dedicação ao próximo, honestidade, amor e patriotismo, o nome glorioso do Doutor Israel Vieira Ferreira, nosso amado Patrono e meu avô, encontra-se gravado nas páginas da História, grande Continuador e Consolidador da Obra Monumental do Republicano emérito e Fundador da Igreja Evangélica Brasileira, Doutor Miguel Vieira Ferreira, seu Pai, também Patrono desta Diletíssima Academia.
Nasceu a 04 de setembro de 1883, na Cidade do Rio de Janeiro, dotado de uma inteligência brilhante, herdada de seu Pai, distinguiu-se nos estudos que realizou, do Primário até seu Doutoramento na Universidade, entregando-se precocemente ao jornalismo e à carreira de Mestre, diretor e fundador de escolas. Foi vice-presidente do Ginásio Ruy Barbosa.
Estudou seus preparatórios, na Cidade do Rio de Janeiro, em uma das melhores escolas do Brasil, daquele tempo, dirigida pelo Sr. Bockel, completando-os nos Estados Unidos da América do Norte na Mount-Hermon School, em Massachussets, e, regressando ao Brasil, formou-se em Engenharia.
No dia em que completava seu décimo aniversário, o menino Israel Vieira Ferreira fundou o Jornal “A Estrela D’Alva”, tratando de múltiplos assuntos, como a constituição da família, a educação, a imprensa, a arte tipográfica, o Trabalho, a liberdade, além de ministrar aulas de História e Português, iniciando uma carreira tão útil e profícua quanto a de seu genitor e grande inspirador Doutor Miguel Vieira Ferreira.
Para compreender a magnitude de sua personalidade, basta reportar-se à leitura do que diz o Diretor da “Ecole Pratique des Hautes Études à la Sorbonne”, na Obra intitulada de “L’Iluminisme dans un protestantisme de constituition recente”- Brèsil, publicada em 1953, na França, sob os auspícios do Ministério da Educação Nacional da França e que constitui o LXV volume daquele conhecido centro de estudos.
Poliglota, dominava com perfeição vários idiomas e dialetos, sendo que, em certa ocasião, na América do Norte, um companheiro de escola de nacionalidade grega chegou a afirmar-lhe que “ele era grego e que estava negando a Pátria”, tal o seu domínio da língua grega e outras línguas.
Dentre as várias obras de sua autoria, que escreveu e publicou, podemos citar seus Discursos, o Jornal “A Estrela D’Alva”, seus Sermões, os Livros da Igreja Evangélica Brasileira, da qual foi magnífico Pastor, constituindo uma fonte inesgotável de instrução, impulsionando a humanidade para o progresso, para o bem e principalmente para a Verdade. Sempre pregou a liberdade como um dom de Deus. Seus ideias religiosos sempre visaram o bem da humanidade.
Em 1915, a Imprensa da época, elogiou incansavelmente, sua luta contra a Varíola, no Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, por ter curado grande número de variolosos. Foi Coronel do Exército Brasileiro. Sua carreira militar é mais uma glória que obteve.
Pertence a famílias ilustres, sendo seus avós descendentes de nobres fidalgos portugueses como mencionado no capítulo 34, à página 234 e seguintes da Obra “Saudades da Terra”, História genealógica de S. Miguel, de Gaspar Frutuoso e impressa em 1876. Seus bisavós têm brasões de armas da antiga nobreza e fidalguia, como se pode verificar da Obra “Arquivo Heráldico-Genealógico do Visconde de Sanches Baena”, impresso em 1872.
Seu Pai, o Ilustre Doutor Miguel Vieira Ferreira, foi republicano histórico, abolicionista convicto, escritor de grande envergadura, fundador e diretor de várias escolas, militar, poliglota, fundador do Primeiro Clube Republicano no Brasil, fundador de jornais e jornalista, sendo um dos cinco redatores da Folha “A República”, construiu diques e pontes, e o primeiro navio a vapor, no Maranhão, chamado Pindaré. E, em 11 de setembro de 1879, fundou a Igreja Evangélica Brasileira, da qual foi seu Primeiro Pastor.
Sua mãe, Professora Elizabeth Burgum, abnegada educadora, ministrava a muitos a instrução escolar. Por suas qualidades excepcionais e pelas suas virtudes foi assinalada como tipo da Igreja Evangélica Brasileira (O Trabalho, ano II, no. 2, de 11 de outubro de 1902). Sua existência foi verdadeiramente preciosa, um bálsamo para a humanidade.
A 31 de janeiro de 1959 foi recolhido à Mansão Celestial, onde goza da bem-aventurança eterna. Mas, Israel permanece imortal na História e nos seus grandiosos feitos.
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